quinta-feira, 28 de março de 2013

"Criaturas Maravilhosas" (o filme)

Como por cá só se consegue ir ao cinema em tempo de férias, e como o próprio do filme estreou (quase) em tempo de férias, toca de ir ver o "Criaturas Maravilhosas".

Quanto à história, já a conhecia, já tinha lido o livro e já me tinham feito fã. Portanto, o desejo de ver o filme surge pela curiosidade na adaptação feita: interpretações, ambientes criados, o próprio do enredo (que pode não ser igual) e, o mais importante, se é ou não semelhante àquilo que tinha imaginado.

As interpretações foram fantásticas; como era esperado, a Emma Thompson (já premiada pela Academia) arrasou com qualquer interpretação possível  da personagem Sarafine - chegou a conseguir ser mais exuberantemente cínica que a própria original Sarafine que conhecia dos livros - simplesmente fantástica em toda e qualquer prestação. Por seu lado, Ethan Wate foi igualmente bem representado por Alden Ehrenreich que, com a sua grande formação a nível de teatro e cinema, conseguiu dar um toque único a esta personagem, uma interpretação memorável, comparável apenas aos melhores; a personagem em si é um pouco diferente daquela descrita nos livros, um pouco mais sarcástica, ativa e até mais inteligente (esta última é discutível) - portanto, foi-me dado a conhecer um novo Ethan Wate, que dito de passagem, me fez as delícias talvez mais do que qualquer outra interpretação rigorosa da personagem. 
De todos, a interpretação que nem sempre me agradou foi a de Alice Englert (Lena Duchanes), que se afastou da personagem principal de um modo menos positivo, no entanto, Alice nem sempre me deu desgostos e cheguei a admirar partes da sua prestação - resumindo, foi a prestação que menos me conquistou, mas não estava mal de todo. 
Gostava ainda de destacar as grandes interpretações de Viola Davis e Jeremy Irons, premiaram não tanto pela surpresa, mas mais pela excelência a que nós, espetadores, já estamos habituados. 

A história, essa mantém-se essencialmente a mesma, mas ressalto aqui a palavra essencialmente. O início, a trama principal, algumas cenas e o derradeiro desfecho foram salvos, no entanto, houve momentos em que cheguei a duvidar do final, pois os rumos tomados nem sempre foram os esperados. 
Lembro-me de chegar a pensar que, de uma qualquer forma inteligente, eles iriam terminar com o filme de tal modo que não houvesse mais continuação, juro que me envolvi em diversos monólogos do género: "Mas isto não estava no livro", ou mesmo, "Será que vai mesmo acabar assim?". Portanto, mais ou menos a meio do filme, comecei seriamente a duvidar das boas intenções do realizador. No entanto, lembro-me igualmente de quando pensei que fossem mudar o final,e nem mesmo aí cheguei a gostar menos do filme, todas as mudanças que fizeram, achei-as demasiado inteligentes para me fazerem não gostar delas, cheguei a pensar que mudar o final tornaria o filme algo de surpreendente e inédito. Tal não se verificou, mas mesmo assim, conseguiram fazer-me questionar sobre várias partes da história, conseguiram inserir o elemento surpresa, o que é fantástico já que quem leu o livro está à espera de tudo menos de surpresas a grande escala.

Gosto sempre de falar na banda sonora, acho que a música é o fulgor de qualquer grande história. Coube aos thenewno2 a tarefa de fazerem todo o motion picture soundtrack, e acho que foi realmente bem conseguido.

Concluindo e resumindo a minha opinião, o filme está diferente do livro, tanto em termos de personagens como no desenrolar da ação. Isto pode, para muitos, ser um aspeto negativo, admito até que existam por aí alguns fãs dececionados, no entanto, achei em todas estas surpresas um aspeto positivo e inteligente a ter em conta, não fiquei nada desiludida com a adaptação!
Realmente não sei se haverá mais sequelas no grande ecrã, acho que tudo pode acontecer, o final tanto dá para uma coisa como para outra (outro ato inteligente), mas espero sinceramente que nos (me) continuem a surpreender por mais e longos filmes.


sexta-feira, 22 de março de 2013

Sugestão literária do mês: Março

Um pouco à semelhança da minha sugestão anterior, este mês recomendo a leitura de um livro que foi recentemente adaptado ao grande ecrã. 
"Criaturas Maravilhosas" é uma saga de 4 livros, sendo que apenas dois foram publicados em Portugal ("Criaturas Maravilhosas" e "Trevas Maravilhosas"). Esta série pertence ao grande mundo fantástico e surge como a combinação fabulosa de duas grandes escritoras - Kami Garcia e Margaret Stohl. Com um toque inteligente de humor conseguem fazer com que este livro seja a leitura ideal e descontraída que se procura.
Narrado na prespetiva de um rapaz, Ethan Wate, esta obra foge assim às demais do mesmo género literário, oferecendo uma prespetiva única da mente do, mortal mas não menos importante, rapaz.
Aconselho à leitura do mesmo antes do visionamento do filme!

Sinopse:
Lena Duchannes é diferente de qualquer pessoa que a pequena cidade sulista de Gatlin alguma vez conheceu. Ela luta para esconder o seu poder e uma maldição que assombra a família há gerações. Mas, mesmo entre os jardins demasiado crescidos, os pântanos lodosos e os cemitérios decrépitos do Sul esquecido, há um segredo que não pode ficar escondido para sempre.
Ethan Wate, que conta os meses para poder fugir de Gatlin, é assombrado por sonhos de uma bela rapariga que ele nunca conheceu. Quando Lena se muda para a mais infame plantação da cidade, Ethan é inexplicavelmente atraído por ela e sente-se determinado a descobrir a misteriosa ligação que existe entre eles.
Numa cidade onde nada acontece, um segredo poderá mudar tudo.

domingo, 17 de março de 2013

Bom fim de semana!


As coisas que uma pessoa vai vendo

Vi esta imagem (aqui) e achei a ideia tão simples e verdadeira! Parece apenas conversa feita, mas isto é tudo verdade e não se aplica só à criatividade como a toda a postura que devemos ter face a qualquer trabalho.
O que acham? Concordam comigo e com estas "condições"?

quinta-feira, 14 de março de 2013

Frase do dia

Todo um contexto de preocupação acerca de uma boleia para casa...

     - Como vais para casa? Tens boleia? - pergunto eu e mais uns preocupados.
     - Eu tenho boleia para casa, não se preocupem - responde.
     - De certeza? Com quem? Vais como?- repetimos nada convencidos.
     - Sim! Vou com a minha imaginação!