segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Dear Austen


   Já conhecem o filme sobre a vida de Jane Austen? "Becoming Jane".
  
  Surpreendeu-me bastante. O que ao início parecia uma linda história de amor acabou em separação. Agora que percebo a sua grande luta posso finalmente dizer, com toda a convicção, que a admiro, em todos os aspectos.

   Este filme fez-me relembrar que por vezes a vida não é fácil, e que nem sempre o final é feliz, mas é o que somos e o que fazemos pelos outros e pela nossa vida que fica, e isso é o mais importante. Esta grande senhora cresceu numa época em que não convinha às mulheres serem instruídas e terem inteligência, convinha-lhes ter uma boa família e uma boa habilidade para tocar piano e esperar que o homem mais rico da cidade fizesse uma oferta de casamento. Jane Austen destacou-se de todas as demais raparigas, ela adorava ler, tocar, mas especialmente, ela nunca se dignou a ficar sentada à espera que o marido rico batesse à porta, Jane queria mais – queria ser escritora.

  Na época de Jane Austen decidir ser-se escritora era escolher ter uma vida dura e praticamente impossível. Era um grito de independência, e a independência feminina não era bem vista pela sociedade. Ela sabia-o, foi talvez por isso que não tomou a decisão de ânimo-leve. Poderia ser um caso de sobrevivência, poderia não ter arranjado homem com dinheiro que a quisesse, mas não foi este o caso – pelo contrário -; Jane teve propostas bastante generosas, mas decidiu que não valeria a pena viver com alguém que não se ama e foi por isso que recusou e decidiu viver daquilo que mais amava fazer – escrever.

  Admiro a sua coragem, admiro a sua personalidade, admiro a sua força, respeito todas as suas batalhas, e, se pudesse, felicitava-a pelo seu sucesso (nada fácil). Mas acima de tudo, fico realmente feliz por tudo o que conquistou. Não se trata de ficar feliz por ela, que decerto estou, mas não é isso; estou sim, feliz pela sua batalha ganha, julgo que é para todos um grande incentivo e uma prova de que “quem corre por gosto não cansa” e especialmente uma prova de que os sonhos podem vingar.
 
  Recomendo o filme a toda a gente!

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