quarta-feira, 20 de junho de 2012

"Trevas Maravilhosas" - o livro

  Como prometido, aqui vai a minha avaliação relativamente ao livro "Trevas Maravilhosas" das escritoras Kami Garcia e Margaret Stohl.
  Este é o segundo de uma saga de quatro livros, dos quais apenas dois foram publicados em Portugal: "Criaturas Maravilhosas" e "Trevas Maravilhosas", até agora, sendo que o último ainda não teve publicação nos Estados Unidos (apesar de esta estar agendada para dia 23 de Outubro).
  Tal como o primeiro livro, este é no ponto de visto de Ethan Wate, um rapaz de 16 anos que vive em Gatlin, uma cidade pequena na Carolina do Sul, Estados Unidos. Até agora nada de novo, seria algo normal não fosse o facto de o protagonista estar apaixonado por uma rapariga que se sabe ser uma Encantadora. O que é uma Encantadora? - perguntam vocês. Encantadores são uma nova espécie fantástica. São basicamente uns faz tudo, quase como bruxos com poderes específicos.
  Nestes livros, o termo magia adquire um novo sentido e é talvez um dos melhores livros relativamente ao assunto Bem e Mal, sendo estes representados pela Luz e pelas Trevas, respetivamente.
  Tal como no primeiro, as autoras mantiveram o bom humor tão característico delas, dando uma certa leveza à história.
  Na minha opinião, a diferença neste livro diz respeito ao romance e à outra personagem principal - Lena - namorada de Ethan, que neste livro não se encontra tão presente. Julgo que este afastamento pode provocar maus juízos por parte dos leitores em relação a Lena, pois mesmo sabendo toda a verdade e o que a levou a tomar certas decisões, o protagonista não o sabe e vai desconhecê-lo grande parte do livro. Como a narrativa é feita no ponto de vista de Ethan, acabamos por chegar a sentir a sua perturbação em relação ao afastamente de Lena e, sim, é muito difícil não concordar com o mesmo, mesmo sabendo os motivos da rapariga. Apelo portanto a todos os que ainda não leram o livro, para quando o façam tenham em consideração o final do livro anterior, e sobretudo, mantenham a mente aberta e tentem compreender Lena, pois isso tornar-se-á difícil ao longo da narração, tenham, portanto, isto presente. No entanto, na minha opinião, isto é um ponto a favor dar autoras, julgo que evidencia o poder de uma boa narração e de uma prespetiva totalmente realista. É notável a mestria com que as autoras bloqueiam os conhecimentos omniscientes da ação para escrever no ponto de vista de uma personagem que sabe tão pouco da mesma durante quase um livro inteiro.
Recomendo esta saga a todos os amentes de fantasia.



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